Sobre mídias sociais e direção de arte – parte 4

1. parte: Introdução

2. parte: O ambiente do usuário de mídias sociais

3. parte: O ambiente do diretor de arte de mídias sociais

4. parte: Creative Commons

5. parte: Pesquisa de imagens


 

Na semana passada comentamos, brevemente, sobre os ambientes tanto do usuário de mídias sociais como do d.a. que atua nessa área. Há, no entanto, muito mais coisas na internet do que podemos imaginar, e tudo isso implicou em uma série de novos comportamentos e ruptura de antigos valores, antes considerados absolutos e inabaláveis. Um desses valores foi o copyright. Em um ambiente como a web, onde qualquer um pode publicar o que quiser e se apropriar de qualquer coisa que encontra, é difícil – pra não dizer impossível – manter o controle sobre suas próprias criações.

Negar essa realidade em constante mudança é um risco o qual não podemos correr.

Traçando um paralelo com todas essas possibilidades de apropriação de conteúdo e de meios de produção, mais uma vez a velocidade se torna um fator importante e criar conteúdo contra o tempo se torna uma rotina: pesquisar, criar legendas, procurar por fotografias e/ou ilustrações, editar, produzir a imagem, preparar o post, enviar para aprovação (fazer alterações) e publicar. Tudo isso, muitas vezes, em um curto espaço de tempo e sempre inserido na estratégia da marca, sem se distanciar da identidade visual já estabelecida.

Por isso, antes de se produzir o conteúdo de fato é imprescindível a construção de uma estratégia junto do planejamento, além da definição de conceitos com a função de guiar a produção diária, com termos-chave, cores-padrão e uma ou duas fontes pré-determinadas.

Porém, quando o conteúdo envolve/precisa de fotos ou ilustrações o d.a. sabe que o tempo, muitas vezes, não permitirá que ele crie/desenvolva do jeito que acredita ser o essencial e mais adequado para aquela situação. E é nesse instante que os bancos de imagens (pagos ou gratuitos) se tornam uma das mais poderosas (divertidas e confusas) ferramentas.

De acordo com o poder da marca, produzir fotos está fora de cogitação ($$). Se o d.a. entender de fotografia e quiser arriscar produzir as fotos (como ocorre muitas vezes), ele tem a oportunidade de ter mais controle sobre aquilo que cria, e destinar o tempo de pesquisa em bancos de imagem para produção dirigida a fim de alcançar o resultado que quer.

Mas, ainda falando dos bancos de imagem, não é toda marca e/ou agência que tem condições de pagar uma mensalidade ou de comprar imagens com frequência, e entender – minimamente – de CC – Creative Commons e de como utilizar bancos gratuitos pode salvar o conteúdo e o dia da equipe.

Além do creative commons podemos encontrar o copyleft e o domínio público, todos permitindo apropriação de conteúdo, porém cada um deles com seus termos de uso próprios.

É interessante notar que a cada dia mais pessoas e instituições estão aderindo a ideia de conteúdo livre. Há algum tempo o flickr, por exemplo, já permite aos seus usuários determinarem o tipo de licença em CC que querem destinar às suas produções. O próprio google, na pesquisa por imagens, já permite encontrar imagens em algumas das atribuições do CC.

Há, também, vários artistas, usuários e profissionais que disponibilizam seu trabalho para uso livre com atribuição, por exemplo, e com uma rápida pesquisa na internet é possível encontrar vários deles, seja para foto, desenho, áudio ou texto. O Skitterphoto deixa isso claro logo no topo de sua página: license free, high quality photos for anyone to use. O Gratisography também possui fotos gratuitas e de alta qualidade.

No Brasil, temos o Fotos Públicas, fornecendo imagens para qualquer coisa, menos para fins comerciais.

Por isso, não existe desculpas para não produzir caso o cliente não tenha verba o suficiente para bancar um banco de imagens pago, como este ou este. Tem que arregaçar as mangas, pesquisar e criar. 🙂

Sobre Yuri Amaral

sou formado em publicidade e propaganda e atualmente curso o programa de pós graduação em estudos interdisciplinares da unila. ainda na época da faculdade empreendi alguns projetos, como uma revista, um fanzine e um evento de cultura pop japonesa. atualmente, dou aulas no curso de comunicação social de um centro universitário local, em foz do iguaçu, pr.
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